quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Nossa amiga Gi, passou 30 dias em uma cadeira de rodas, pra nos contar como é difícil ser cadeirante!

Gi, na verdade junto com você nestes dias, eu queria que TODOS os políticos tocassem as cadeiras juntos da sua, pra que talvez nossa realidade mudasse ou quem sabe a acessibilidade chegasse a todos os cantos do nosso Brasil.

Parabéns pelo trabalho e projeto amiga, leve nossa luta por todos os cantos deste Brasil, te desejo sucesso!


terça-feira, 21 de setembro de 2010

Dia Nacional de Luta das Pessoas Deficientes!

Que os políticos parem de roubar, e comecem a ajudar nossa causa, eu acredito que um dia isso vai acontecer!
Já pediram meu voto, já pediram minha candidatura, mas, pelos exemplos que vi, de políticos deficientes que se elegeram e participaram do esquema, em vez de realmente ajudar os deficientes me pergunto: Será que isso um dia muda?
Por isso faço minha parte, não me candidato, vivo no ministério publico exigindo que nossos direitos sejam respeitados, é uma luta solitária, pois nem todos querem ir comigo, e os poucos que vão, dão contribuição pela grande maioria, que só reclama, e não faz nada.
Lutemos companheiros, com manifestos populares como esse do vídeo, vamos a mídia, as plenárias, só assim um dia esse descaso que acomete todos os deficientes mudará, e aos que dizem que eu quero aparecer com minha luta, hoje eu vos digo: Eu pelo menos faço a minha parte, consigo direitos pra eu e pra você, agora você só sabe me chamar de louco e me criticar, fazer sua parte que é bom, nada, e pior, ainda ganha dos direitos que o maluco aqui consegue!
A todos: Ajudem-nos, Deus disse pra fazer por nós, que ele nos ajudará, então façamos, nunca vai abrir um buraco do céu e cair acessibilidade, somos nós que fazemos isso, lutemos guerreiros sobre rodas!

domingo, 5 de setembro de 2010

Inacessibilidade nos supermercados!

Mais uma vez, o símbolo da inacessibilidade aparece no céu, por entre as nuvens, pra ver se um dia, aparece um "Super-herói" que nos ajude com isso. Como de costume, fui fazer as compras no supermercado rotineiro, chegando lá, fui informado pelo funcionário que recolhe os carrinhos, que a cadeira a motor usada pra fazer as compras, aquela que tem a cesta na frente, como se fosse um carrinho de supermercado, estava na manutenção, neste momento, começou a via-crucis da inacessibilidade.


Fui em outro supermercado, relatarei por ordem o que me foi dito neles:

1) Senhor, nós até temos este tipo de cadeira, mas, está descarregada, temos que colocar pra carregar! (Então porque não pagam um funcionário pra ficar observando se a cadeira está carregada? Ou dão essa função pra um funcionário já existente? Fala sério, sou consumidor e exijo que essa palhaçada acabe.)



2) Temos senhor, mas, ela está para a manutenção! (Logo no feriadão e justo no sábado? Um dos dias de maior pico nas compras? Que que é isso administrador!!!)


3) Senhor, estamos viabilizando a compra deste equipamento, na próxima vez que o senhor vier aqui, ele estará disponível! (Devia ter protocolado e voltado no domingo pra ver se haviam comprado mesmo, próxima vez é próxima vez!)


4) Senhor, nosso supermercado é muito pequeno, o senhor foi o primeiro cadeirante que solicitou este tipo de cadeira, mas, cogitarei a possibilidade de viabilizar este equipamento, e posteriormente ele deverá estar por aqui, para o senhor fazer as compras. (Falar, eles falam bonito, até parece que terminaram o segundo grau, e foram em todas as aulas de português! Mas, não tem um pingo de senso social, de cidadania, para ter este equipamento, porque desde 2004 o decreto está ai!)


5) Encontrei o carrinho, mas...


Depois de muito encher o carrinho e de duas horas fazendo compras, cansado, estressado, depois daquela semana, de muito trabalho... O carrinho começa a fumaçar,  desliguei instantaneamente, logo foi aquele alvoroço, está pegando fogo! Dai vem logo um fortão querendo me pegar no colo, e eu que era pra estar desesperado, como todos os outros estavam, pedi calma, porque o carrinho não estava pegando fogo, mas, a todo custo queriam me colocar no colo e me tirar dali. Que é isso, por acaso tenho cara de noiva pra ser levado no colo? Se tivesse pegando fogo tudo bem,eu me jogaria no chão e sairia me arrastando que nem uma cobra manca, mas, isso não aconteceu.


Minutos depois de eu ter sido a atração circense do sábado, chegou outro carrinho, mais moderno e com a aparência de mais novo, será que esse estava escondido? O que interessa, é que depois de ter passado todas as compras pro carrinho novo, fui logo pra fila, depois desse mico todo, já estava transtornado, então na fila, parado, naquele marasmo do fazer nada, quando fui acelerar pra seguir a fila, o carrinho não queria andar, nossa, dai eu já fiquei puto, depois de toda essa zona, ainda ficar ali, parado porque a %*(%&@))(_ do segundo carrinho deu problema (pelo menos não fumaçou como o outro), dai como já estava perto do caixa, apareceu logo 3 funcionários, um dizendo que era pra empurrar, outro que iriam colocar as compras no carro e trazer a cadeira manual, e por ai vai.


Com muitas tentativas, aperta cabo daqui, aperta dali, o "mal contato" nos fios se resolveu, e finalmente, depois de toda essa balbúrdia consegui pagar as compras e voltar pra casa. Pelo amor de Deus senhores administradores de supermercado, nos respeitem como consumidor e deixem esses carrinhos prontos, com a manutenção feita e funcionando!!! Os cadeirantes agradecem!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Calçada com buracos, como transpor?

Segundo a prefeitura ela só controla a construção das calçadas, que é de responsabilidade do proprietário do  imóvel, porém, além de não fiscalizar, não se responsabiliza, o proprietário não está nem ai pro deficiente, que se dane, e ai? Um coloca a culpa no outro, mas, de quem é realmente a culpa?

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Sistema de transporte coletivo de Brasilia-DF




Ontem passei por uma tensa experiência,  decidi passear por Brasilia, tendo em vista testar a acessibilidade de nossa capital, a primeira tentativa foi o metro, tudo bem, estação acessível, mas o acesso, sem rampas nas ruas, sem guias rebaixadas, calçadas com rachaduras, a cidade que deveria ser o modelo nacional de acessibilidade, peca em muitos aspectos.


São poucas as rampas no centro da capital nacional, em muitos lugares é impossível atravessar uma simples avenida, então decidi pegar um ônibus e voltar pro Sarah lago, onde estou internado hoje, pra minha surpresa, fui informado na parada de ônibus, que a empresa que fazia linha pro lago, estava em greve, me disseram pra ir na rodoviária pegar outro ônibus, que me deixe mais perto do Sarah Lago.


Depois de um certo tempo, chegou o ônibus, o motorista muito educado, baixou o elevador subi no ônibus e segui pra rodoviária. Chegando lá uma falta de informação, me levou ao guichê dos fiscais de ônibus, lá me informaram que a linha de ônibus do lago, estava realmente de greve, e que teria de pegar outra linha, que parava 5km do Sarah Lago, e de lá pra frente, "se vire", não disseram isso formalmente, mas, esse foi o sentido.


Esperei o ônibus que chegou, e não tinha adaptação, então, exercitando minha paciência, de todo o trajeto do centro até agora, me consumiram três horas, esperei o ônibus adaptado chegar e ele chegou, quase 1h depois do primeiro, já somam 4 horas, num percurso que de carro são 20 minutos.


O motorista começou o processo de decida do elevador, pouco instruído, passou cerca de 10 minutos, até aprender empiricamente como o tal elevador funcionava, demonstrando total despreparo e falta de treinamento por parte da empresa. Conseguindo fazer o elevador funcionar e entrar no ônibus, começou o trajeto, mesmo minha cadeira amarrada com o sinto de segurança, me senti em uma montanha russa com todo aquele vai e vem.


Ao chegar no ponto mais próximo do Sarah Lago, 5km de distancia, o ônibus parou, agora vem mais uma parte terrorista, quem disse que o elevador queria descer? E aperta botão daqui, aperta dali, e nada, então depois de uns chutes e solavancos, o elevador começou a descer, chegou na linha do solo e eu consegui descer normalmente.


Para chegar no Sarah Lago dali em diante, tive de pegar um taxi, pois a unica linha adaptada que passa por ali, estava de greve, esta é mais uma prova de diversas falhas, falta de treinamento do profissional que vai operar o elevador do ônibus, falta de manutenção no elevador, e o pior de tudo, falta de acessibilidade para chegar até o ponto do ônibus.


Dou graças a Deus de morar em Curitiba no Paraná, onde o centro da cidade é todo adaptado, bem como 85% da frota de ônibus também, companheiros cadeirantes de Brasilia, unam-se contra essa vergonha e descaso com os cadeirantes, mudem essa realidade, pois se vocês forem esperar pelas autoridades, nosso país continuará inacessivel, como a capital federal, que deveria ser o modelo.



sexta-feira, 30 de julho de 2010

Propósito do Blog

Este blog foi criado com o intuito de passar técnicas de reabilitação, aprendidas durante meu processo de reabilitação na Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação, sede Centro e Lago em Brasilia - DF, como muitos cadeirantes não tem esta oportunidade, quero compartilhar o que aprendi desde julho de 2006 em minha primeira reabilitação.
Começando pela obra áudio-visual desenvolvida por mim ao longo destes anos, segue o primeiro vídeo, de como montar uma cadeira duplo X e sair do carro.

Parte 1



Parte 2