Já fazem 10 anos? Como passa rápido! Dia 17 de maio de 2006 eu
sofri o acidente, dia 21 saí da terapia intensiva e fui para o quarto,
sobrevivi e o diagnóstico era de viver em uma cadeira de rodas, na verdade eu
agradecia por estar vivo!
Nesses dez anos eu rodei muito, estudei, aprendi muitas
coisas, coloquei em prática, sempre fui otimista, porque minha fé me guiava, eu
gosto de desafios e viver em uma cadeira de rodas, trás desafios diários.
Eu comecei a superar esses desafios, porque era o que eu podia
fazer, mas, ao longo do tempo decidir ir além, superar meus próprios limites, eu
decidi lutar pelos meus direitos e fazendo isso, comecei a lutar pelos direitos
de todas as Pessoas com Deficiência.
Ao longo de uma década ajudei a criar centenas de políticas
públicas para as Pessoas com Deficiência, inclusive leis e um conjunto de leis,
esse é o meu legado que quero compartilhar com vocês, principalmente com os que
estão saindo das UTIs e CTIs agora.
A vida não termina porque você está em uma cadeira de rodas,
pelo contrário, é um recomeço uma segunda chance, existe um mundo inteiro de
possibilidades.
Aqueles que me conheceram antes do acidente e dizem que depois
do acidente eu mudei e me tornei outra pessoa, é porque só depois de morrer e
voltar, me dei conta de quantas coisas eu poderia fazer e fiz.
Por isso caro leitor, viva, tente e se não dé certo, tente de
novo e mais uma vez, a persistência é quem fará você ultrapassar todos os
limites e um dia, fazer como eu faço agora, olhar pra trás e ver uma trilha de
vitórias e superações.
Acabou? Não! Continua! Que venham mais umas décadas!
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